
De que serve o vento quando não bate mais em meu rosto?
Quando alegria de sorrir esconde-se de mim numa esquina fria?
Quando meus pés permanecem inertes a vontade de seguir em frente?
Para que serve o vento se não me leva onde eu quero ir?
Se não sinto a brisa vinda do oceano a preencher minha face com gotas de sal.
Sendo ele capaz de levar aquela que insiste em cair dos meus olhos.
Hoje o vento não balança as árvores da minha janela.
Mas sei que não tarda a aparecer.
Sheila Líger